19/10/07

Ricardo Rangel

Cabe-me fazer a apresentação do Ricardo Rangel. Todos nós já o conhecermos como decano do foto-jornalismo em Moçambique e Director da Centro de Documentação e Formação Fotográfica, portanto o responsável por termos agora aqui na Beira esta notável exposição com fotografias da nossa urbe desde os seus primórdios até aos dias de hoje.
Mas talvez só poucos saibam porque é que ele tanto pugnou para que estivesse aqui na Beira este ano celebrando connosco o centenário da cidade. É que o Ricardo Rangel viveu cerca de 6 anos nesta cidade durante a década de 60, e, numa fase importante da sua vida, trabalhando para o Notícias da Beira e Diário de Moçambique. Este último jornal na altura sob a direcção do saudoso Dom Sebastião Soares de Resende, bispo da Beira.
Finalmente volto a citar as palavras que lhe dediquei, no III Festival Internacional de Música de Maputo, realizado em Abril, onde lhe foi prestada uma grande homenagem:
Quero dizer um pouco acerca do meu amigo Ricardo, porque falar do nosso decano da fotografia haverá muita gente mais abalizada para tal.
Muitas vezes em que o Ricardo está perante uma paisagem maravilhosa, um delicioso manjar ou um néctar dos deuses, telefona-me para como sua amiga, embora distante no espaço, compartilhar o seu prazer e felicidade do momento. Essa sua atitude lembra-me as palavras do saudoso poeta Vinicius de Morais: “Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre a meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos,---“
A sua alegria de viver, o seu pedaço de perene juventude, reflecte-se no seu lema, que gosta sempre de repetir: “Cada dia é uma festa”. É assim, com este imenso amor à vida, o meu amigo Ricardo.
Vamos pois , hoje, aqui, festejarmos todos este momento com o Ricardo Rangel.
Maria Pinto de Sá

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